O governo brasileiro teria que pagar R$ 161,7 bilhões para ter o controle da Eletrobras (#ELET3; #ELETR4) novamente, bem acima dos R$ 33,7 bilhões obtidos pelo governo Bolsonaro com a venda do controle da ex-estatal, em junho do ano passado.
Segundo o Broadcast, o cálculo é da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) e leva em conta a pílula de veneno (poison pill) colocada na lei que permitiu a privatização da empresa.
Qualquer acionista ou grupo de acionistas que ultrapasse, direta ou indiretamente, de forma consolidada, 50% do capital votante e que não retorne a patamar inferior a tal percentual em até 120 dias deve realizar Oferta Pública de Aquisição (OPA), por preço pelo menos 200% superior à maior cotação das ações ordinárias nos últimos 504 pregões, atualizado pela Selic.
Desta forma, a empresa estaria protegida de uma possível reestatização, explica a Aeel. Ao preço do fechamento de ontem, o governo teria que desembolsar R$ 161,7 bilhões, enquanto a preços de mercado pagaria R$ 37,7 bilhões.
Os acionistas que vendessem suas ações para a União teriam lucro de 230%, referente a oito meses de rendimento, se a operação fosse realizada a esse preço.
Na última terça-feira, o presidente Lula afirmou que a AGU vai entrar na Justiça contra cláusulas do processo de privatização da Eletrobras, chamado por ele de "leonino".
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